Zulman, Rodin realmente era um gênio e, como grande parte dos gênios, um indivíduo extremamente egoísta. O poeta, escritor e pensador Raïner Maria Rilke, que o admirava muitpíssimo, quis ser seu secretário, e sofreu os diabos. Camille, também. Agora, não há nada de assente relativo ao fato de ele ter assinado obras que não eram dele.
No romance "Zorba, o Grego" de Nikos Kazantizaki há esta belíssima passagem sobre ele: "Cabeça inclinada, eu ruminava as palavras de Zorba e de repente me veio a recordação de uma cidade longíngua e coberta de neve. Eu estava estático olhando, numa exposição de obras de Rodin, uma enorme mão de bronze, a "Mão de Deus". A palma dessa mão estava semicerrada e nessa álma, extáticos, enlaçados, lutavam um homem e uma mulher".
(É uma das coisas mais bonitas que já li dentre as relativas a Rodin. Apenas um outro gênio, este nada egoísta, a poderia dizer).
Não penso que um gênio que tenha criado a "Mão de Deus", por mais egoísta que fosse, tenha chegado ao ponto de assinar obras alheias.
Abçs.